Numerosos estudos demonstram que as crianças que leem têm
mais facilidade de aprendizagem e melhor rendimento escolar. Ante tal
constatação e a certeza de que os livros são caminhos obrigatórios na busca do
conhecimento e formação dos indivíduos, é fundamental toda iniciativa que
estimule o hábito de leitura na população infantojuvenil.
Nesse sentido, as feiras de livros cumprem missão importante
ao desenvolverem atrações lúdicas para as crianças que as visitam, seja em
companhia das famílias ou nos programas coletivos organizados pelas escolas. Há
toda uma magia nesse contato tão próximo entre os leitores mirins, as obras e
os autores, cuja presença, autógrafos e interação com o público são fatores
estimulantes ao ingresso dos pequenos no universo fascinante da leitura.
Corroborou minha crença sobre a importância para as crianças
dessa integração de autores e leitores, a XVI Bienal Internacional do Livro do
Rio de Janeiro, de 29 de agosto a 8 de setembro de 2013. No evento, foi
possível testemunhar, em numerosas oportunidades, o encantamento que o livro
pode causar no público infantil, quando apresentado como algo que instrui,
educa, diverte e ensina de modo atrativo e instigante.
De modo mais especial, observei esse fenômeno ao lançarmos a
coleção Biblioteca da Turma, série com seis livros multidisciplinares, voltada
ao apoio didático, que trata de civilizações antigas, animais pré-históricos,
esportes olímpicos, Floresta Amazônica, crianças no mundo e arte nos museus
brasileiros. A alegria e a energia do contato entre o público mirim e o autor,
Maurício de Souza, eram sintomas inequívocos de que Mônica, Cascão e Cebolinha
estavam conquistando novos e perenes leitores.
Enfatizada a importância das feiras, não podemos, contudo,
subestimar o insubstituível e crucial papel das escolas e das famílias no
estímulo das crianças. A última edição
da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, elaborada pelo Instituto Pró-Livro
(IPL), com apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Associação Brasileira de
Editores de Livros Escolares (Abrelivros) e Sindicato Nacional dos Editores de
Livros (SNEL), mostra algo interessante: os professores são, hoje, os
principais incentivadores da leitura, ultrapassando as mães, que figuram em
segundo lugar.
O mesmo estudo mostra
que esse processo de estímulo tem funcionado, pois no universo dos estudantes
(64% da população ou 114 milhões de pessoas), o nível de leitura atingiu 3,41
exemplares per capita nos três meses anteriores à realização da pesquisa. Desse
total, 2,21 livros são indicados pelas escolas, divididos em didáticos (1,72) e
literatura (0,49). Com certeza, podemos e devemos avançar ainda mais, conduzindo
nossas crianças e jovens ao universo do livro. Este é o caminho mais seguro
para a definitiva conquista de nosso desenvolvimento; é o nosso melhor legado
às presentes e futuras gerações.
Antonio Luiz Rios, economista, é o diretor-superintendente
da Editora FTD.
Fonte: www.portaldapropaganda.com
Vocês visitarão o Colégio do meu filho amanhã para autografar o Livro Quem mexeu na minha bagunça... mas não encontro nenhum exemplar nas principais livrarias de São Paulo. Que levarem alguns livros para venda na hora?
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