Esta matéria saiu num site de Portugal, mas
está super pertinente para a nossa realidade, por isso estamos reproduzindo e
sugerimos que os educadores repassem ou convidem pais a lê-la aqui no nosso
Blog.
Sabemos das inúmeras maravilhas da
tecnologia, mas também temos que conhecer seus possíveis efeitos à vida de nossas crianças. Nos parece que o texto é um pouco exagerado, é impossível voltar para o passado e viver sem a tecnologia e suas facilidades, mas
é preciso pensar um pouco em como controlar e organizar o uso o demasiado pelas crianças.
10 Razões
para os dispositivos eletrónicos serem banidos das crianças! TODOS OS PAIS
DEVEM VER!
Matéria publicada no
site http://www.altamente.org/ -
Portugal
A tecnologia cada vez
trás mais coisas “boas” para a nossa vida, mas o seu uso exagerado pode vir a
causar muitos problemas no desenvolvimento das crianças. Muita gente pensa que
aprender a “controlar a tecnologia” desde pequenos vai ajudar a desenvolver
mais as suas capacidades, ou vai fazer com que as crianças sejam uns génios no
futuro, mas não é bem assim, pois é mesmo o contrário disso!Há pouco mais de
uma década, as crianças desejavam ter um boneco que representasse o seu herói
favorito ou brincar com kits de construção, mas hoje em dia, é mais fácil
encontrar uma criança a jogar com um computador ou tablet.
Há pouco mais de uma
década, poucas crianças tinham um telemóvel pessoal, mas hoje em dia, existem
cada vez mais crianças com menos de 12 anos que têm um telemóvel só para elas.
Os avanços
tecnológicos trouxeram coisas maravilhosas, principalmente na sala de aula, mas
no entanto, estudos sugerem que o uso exagerado de tecnologia, por parte de
crianças com menos de 12 anos, é bastante prejudicial para o desenvolvimento
delas.Percebe porque elas devem ser banidas dos dispositivos electrónicos se
tiverem menos de 12 anos.
1.
Crescimento cerebral acelerado
O nosso cérebro está
em constante mudança, mas o seu crescimento é bastante acelerado quando somos
crianças, e se estabiliza no final da adolescência (21 anos de idade). O
desenvolvimento do cérebro de uma criança é determinado pelos estímulos que
recebe ou pela falta desses. Segundo Linda S. Pagani, doutora em psicologia da
educação, a exposição exagerada a tecnologias, como celulares, tablets e até
televisão, está associada a problemas cada vez maiores nas crianças de hoje –
ao déficit de atenção, a atrasos cognitivos, a uma aprendizagem difícil e a uma
maior impulsividade.
2.
Atraso no desenvolvimento físico
Segundo Cris Rowan,
terapeuta ocupacional, grande parte da aprendizagem e desenvolvimento infantil
é realizado através da observação e experimentação. Essa segunda parte requer
movimento, contato físico com o ambiente. Todos nós lembramos de ver uma
criança tentando caminhar pela primeira vez, ou quando corre, curiosa, atrás de
um animal de estimação. Quando uma criança está brincando com um tablet, por
exemplo, ela não está interagindo, não está se movendo. O seu desenvolvimento
físico está restrito a um sedentarismo que nós, adultos, já somos alertados a
evitar.
3.
Obesidade
Os adultos são
constantemente alertados para este problema, mas, infelizmente, é algo que está
também aumentando nas crianças: o sedentarismo. O uso exagerado das tecnologias
está diretamente ligado a uma diminuição do exercício físico que, nas crianças,
é sinônimo de brincadeiras ao ar livre ou o simples correr dentro de casa,
quando se está brincando. Segundo estudos realizados nos Estudos Unidos da
América, citando Dr. Mark Tremblay, a obesidade em crianças é 30% mais elevada
quando essas têm uma televisão, ou computador, no próprio quarto. É também de
notar que, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, 30% das
crianças obesas vão desenvolver diabetes, para não esquecer os riscos já
conhecidos de AVC e de ataque cardíaco precoce.
4.
Privação do sono
Segundo a fundação
Kaiser, 60% dos pais não fazem uma supervisão cuidadosa sobre o uso das
tecnologias por parte dos filhos, e 75% dessas crianças estão autorizadas a
usar essas tecnologias, no quarto, antes de dormir. Estudos similares já foram
realizados em adultos com problemas para adormecer, e é de notar que o uso de
tecnologia, antes de dormir, é a causa. Segundo Hanna Fry, investigadora da
Universidade de Londres, “a tecnologia também desempenha um papel nos hábitos
de sono. A chamada ‘luz azul’ produzida por aparelhos como a televisão, o
smartphone, o tablet e o computador prolonga a sensação de ser dia, e consequentemente
o estado de alerta do cérebro, fazendo descer os níveis de melatonina.
Portanto, se é quase impossível alterar o ciclo circadiano, pelo menos podemos
não piorar a nossa situação, evitando o uso destes aparelhos ao serão. Um livro
é uma boa alternativa.” Um livro é, realmente, uma excelente alternativa,
principalmente para as crianças.
5.
Doença mental
A Universidade de
Bristol realizou um estudo sobre a relação entre o uso excessivo de tecnologia
por parte das crianças, e os resultados foram preocupantes. Existe, de fato,
uma relação entre esse uso exagerado e o aumento de casos de depressão
infantil, transtorno do apego, ansiedade, déficit de atenção e até autismo,
transtorno bipolar e psicoses.
6.
Agressividade
A televisão e os
jogos de vídeo expõem as crianças, mesmo desde pequenas, à violência física e
até sexual. Apesar de muitos desses conteúdos terem uma restrição quanto ao uso
por menores, muitos pais ignoram esses avisos, e crianças são expostas a
programas de televisão e a jogos violentos. Não devemos nos esquecer de que as
crianças se desenvolvem principalmente através da observação e, quando elas
passam muito tempo com esses conteúdos estão, também, aprendendo com eles.
7.
Demência digital
Este ponto está
ligado ao 1 e 5. Estudos já mostraram que o uso exagerado de tecnologia está
ligado a um aumento de casos de défice de atenção, mas também, a uma redução de
concentração e na memória (Dr. Christakis). Crianças que não conseguem se
concentrar e prestar atenção também não conseguem aprender.
8.
Dependência
Um dia, vi uma foto
que ilustra esse problema: uma família, numa sala, em que os pais estavam no
sofá vendo televisão, uma adolescente estava no celular enviando mensagens, e
uma criança estava brincando com um tablet, o aumento do uso da tecnologia está
criando um afastamento entre pais e filhos. Segundo Cris Rowan, como as
crianças não encontram conforto nos pais, vão apegar-se aos jogos e aparelhos
digitais, o que pode causar dependência, o que se torna mais visível quando
chegam à adolescência;hoje, há cada vez mais jovens incapazes de conseguir se
separar dos jogos de vídeo ou das redes sociais sem mostrar sinais de
depressão, irritabilidade e ansiedade.
9.
Emissão de radiação
Todos os aparelhos
elétricos emitem algum tipo de radiação. Apesar de essa radiação ser bastante
reduzida, a constante exposição a ela, segundo a Organização Mundial de Saúde,
pode ser classificada de possivelmente cancerígena. Os adultos têm uma maior
resistência à radiação, mas uma criança, durante o seu desenvolvimento, é mais
frágil e, mesmo que reduzida, a radiação recebida, desde a tenra idade, pode
provocar danos que só serão notados no futuro.
10.
“Insustentável”
É dessa forma que a
terapeuta ocupacional Cris Rowan classifica a forma como as crianças são
criadas e educadas com uma exposição exagerada às tecnologias. Segundo ele, “As
crianças são o nosso futuro, mas não há futuro para crianças que fazem uso
excessivo de tecnologia”, principalmente quando observamos que esse uso
exagerado traz mais problemas do que benefícios.
Encontrar um
equilíbrio pode ser a resposta mais rápida, mas o equilíbrio pode não chegar.
Um estudo realizado por Rowan concluiu que uma criança dos zero aos dois anos
não deve estar exposta à tecnologia; entre os três e os cinco anos apenas devem
estar uma hora por dia, mas apenas televisão, subindo para duas horas até os 12
anos. Apenas quando atingem os 13 anos, a exposição pode ser alargada a outros
aparelhos (como PC, tablet), mas apenas duas horas por dia, com um
aconselhamento de apenas 30 minutos de vídeo e jogos por dia
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