segunda-feira, 23 de março de 2015

Grande perda para a Educação

Infelizmente temos que  começar nossa semana destacando uma notícia muito triste para a educação brasileira: faleceu ontem, dia 22 de março, Pierluigi Piazzi, nosso querido Prof. Pier.  Nós, Celi e Marilucia, temos, além de uma admiração profunda por tudo o que ele representa para o ensino, um carinho especial por ter ele nos ajudado em nosso livro, dando seu aval, inclusive, nos dando ideias para o futuro, nos encorajando e certificando nosso trabalho.
No capítulo 5 – Organizando os Estudos -  nossa referência é Prof. Pier, que através da Neurolinguística demonstra a necessidade de se praticar o que se aprende para a fixação do aprendizado no nosso cérebro. Através de seus livros nós aprendemos muito e temos hoje a oportunidade de conversar com os alunos, professores e pais sobre os métodos do Professor. Quem teve a oportunidade de assistir a uma palestra dele, sabe o que é sair encantado e motivado de um evento! Ele tinha esta capacidade de, com muita simplicidade, e usando apenas um pouco, do muito que conhecia de tecnologia, utilizar-se fundamentalmente das palavras, para atrair a atenção. E conseguia!



Fica aqui nosso sentimento de pesar pela perda, mas ao mesmo tempo um sentimento de conforto por saber que tivemos a oportunidade de conhecer um profissional como poucos e, mais ainda, temos hoje a oportunidade de continuar a divulgar aqui, o que ele tão bem propagou. Um legado invejável. Obrigada Prof. Pier.


Um pouco de sua história

Pierluigi Piazzi, o prof. Pier (como é chamado por seus alunos e ex-alunos) nasceu na Itália em 1943, bem no meio da 2ª Guerra Mundial e chegou ao Brasil em 1954, trazido por uma família entusiasmada pela notícia de que esse seria o país do futuro. Sempre foi professor, até quando criança no primário, ajudando seus colegas de classe a desvendar os mistérios da Matemática.

Era formado em Química Industrial, pela Escola Técnica Oswaldo Cruz (ETOC) e em Física, pela USP. Foi no mundo da informática pessoal, quando o ramo ainda era uma novidade, nos anos 1980, que ele se destacou pela primeira vez, tendo sido o primeiro editor da revista MicroHobby, umas das primeiras publicações especializadas em computação no Brasil, além de ter cofundado, com Elizabeth Fromer, a Aleph, editora que, inicialmente, publicava livros de referência e de formação para programadores de computadores pessoais no Brasil.

Desde 1980, o prof. Pier era membro da Mensa, organização internacional reconhecida na América do Norte e na Europa, e praticamente ignorada no Brasil por algumas "autoridades de ensino", por ser uma instituição que se dedica, conforme consta em seu estatuto, a "identificar e cultivar a inteligência humana para o benefício da humanidade, proporcionando um ambiente social e intelectualmente estimulante para seus membros e encorajando pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência".

Paralelamente  a isso lecionava em “Curso Pré-Vestibular” ou, mais corriqueiramente, “Cursinho”. No cursinho Anglo o prof. Pier preparou uns 100 mil alunos para o exame vestibular sentindo-se como se fosse o médico de uma U.T.I. especializada em atender vítimas de erros médicos. Aliando sua experiência como professor e os conhecimentos adquiridos ao lecionar Inteligência Artificial e Configuração de Redes Neurais no curso de Engenharia da Computação, conseguiu identificar os equívocos no Sistema Educacional Brasileiro.

Dono de uma didática invejável, por anos viajou pelo Brasil visitando centenas de escolas fazendo palestras para alunos, pais, professores e coordenadores, mostrando como evitar esses erros.



Finalmente resolveu escrever três livros – “Aprendendo Inteligência”, para alunos; “Estimulando a Inteligência”, para pais e “Ensinando Inteligência”, para professores - explicando como é simples mudar essa nossa cultura tão equivocada transformando, assim, nosso Sistema Educacional quem sabe em um dos melhores do mundo.

Saiba mais em:
Veja palestras Prof. Pier no site  Youtube   


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