quarta-feira, 30 de março de 2011

Tensão pré-vestibular pode causar aperto no peito e boca seca

Respiração descontrolada, aperto no peito, boca seca. Se você tem esses sintomas, pode estar com tensão pré-vestibular, diz o médico psiquiatra Daniel Guzinski Rodrigues, 34.

Em um estudo divulgado em novembro e publicado na "Revista de Psiquiatria Clínica" da USP, Rodrigues entrevistou 1.046 vestibulandos em Porto Alegre (RS) e constatou que 56,3% apresentavam sintomas de ansiedade.

Para 90,5% deles, o vestibular alterou seus hábitos de vida.

"O vestibular representa uma passagem para a vida adulta, e isso traz ansiedade. Para fazer uma boa prova o aluno precisa, além do preparo educacional, de preparo psicológico", afirma Rodrigues, que organiza o Vestibulandos Anônimos, um grupo de apoio para vestibulandos do cursinho gaúcho Móttola.

A psicoterapeuta Celi Piernikarz, 50, diz que o vestibular é como um jogo. "E é preciso vencer esse jogo se preparando todos os dias."

Para ambos os especialistas, é importante ter o apoio da família nos dias que antecedem as provas e comemorar --sem exageros-- as festas de final de ano.




CRISTINA LUCKNER Colaboração para a Folha de S.Paulo

terça-feira, 29 de março de 2011

Podemos copiar os japoneses na organização até do nosso quarto


Todos nós ficamos chocados com o que vimos no Japão no início do mês de março, um terremoto, seguido de tsunami que destruiu algumas cidades do país e matou milhares de pessoas. Cenas que gostaríamos de esquecer.

Mas, no meio daquelas cenas, pudemos ver um país organizado. Sem atropelos na procura de sobreviventes, sem correria na busca de alimentos. Era difícil crer, mas no meio de uma grande desordem provocada pelo desastre natural, havia ainda um povo em ordem completa.

Para nós, aqui do outro lado do mundo, tudo isso podia parecer até um pouco frio demais, porém trata-se de uma cultura totalmente diversa da nossa. Não é questão de frieza ou não. É apenas uma forma diferente de ver as coisas, os problemas e até a morte. Questão de cultura mesmo.

Apesar de tão diferentes podemos aprender muito com este povo asiático, que tem encantado todo o mundo ao demonstrar a incrível capacidade de recobrar-se de uma catástrofe natural de proporções épicas com uma eficiência magistral. Basta lembrar ainda, o que se transformou o Japão em apenas 50 anos, após a destruição causada pela 2ª Guerra Mundial.

Agora, em apenas algumas semanas após o terremoto a imprensa e a internet já mostram as primeiras imagens da reconstrução do Japão e a sensação ao vê-las parece ser sempre a mesma: ficamos abismados e surpresos com a eficiência do povo japonês ao iniciar a reconstrução do seu país.

Os cinco “S”

Mas, o povo japonês - por ter passado por tantos problemas, tantos desastres e destruições - teve que desenvolver formas de se reorganizar, se reinventar, para sobreviver. Nada acontece por acaso.

Existe na cultura japonesa um código de princípios morais não escritos, mas que foram passados de geração para geração e incorporados à cultura japonesa e que se resumem em disciplina e harmonia. Apesar de milenar este código passou a ser estruturado e formatado após a 2ª Guerra para a reorganização de empresas e do país como um todo. Trata-se do que conhecemos hoje como os 5 “S”. O nome de um método, ou uma filosofia, de administração japonesa e se refere à inicial de cinco palavras: Seiton, Seiri, Seiso, Seiketsu e Shitsuke.

- SEITON: significa deixar tudo em ordem, ou o “senso de organização”. É literalmente arrumar tudo, deixar as coisas arrumadas e em seu devido lugar para que seja possível encontrá-las facilmente sempre que necessário. Assim, evita-se o desperdício de tempo e energia.

- SEIRI: se refere a evitar o que for desnecessário, ou o “senso de utilização”. Ao separar aquilo que é realmente necessário ao trabalho daquilo que é supérfluo, ou desnecessário, passando-o para outros que possam fazer uso dele ou simplesmente descartando, conseguimos melhorar a arrumação e dar lugar ao novo.

- SEISO: significa manter limpo, ou o “senso de limpeza”. Agora que você já tirou tudo que era desnecessário e deixou tudo em ordem, é preciso manter assim.

- SEIKETSU: zelar pela saúde e higiene, ou “senso de saúde e higiene”. Não adianta nada mantermos o local de trabalho limpo se não cuidarmos de nossa higiene pessoal também.

- SHITSUKE: disciplina. Este conceito é um pouco mais abrangente do que o significado ao qual estamos acostumados de seguir as normas. Ele se refere também ao caráter do indivíduo que deve ser honrado, educado e manter bons hábitos.

A filosofia dos 5S é hoje um conceito difundido em todo o mundo. Muito usado em grandes empresas e pode ser usada por todos nós em casa, na organização do nosso quarto, do nosso estudo. Enfim, é possível copiar o povo japonês naquilo que eles têm de mais forte: disciplina e organização. Se pensarmos que em poucos dias o Japão conseguiu recuperar trechos destruídos de estradas e cidades, com certeza usando esta filosofia vamos conseguir reorganizar nosso espaço.

Comece hoje mesmo.

Fonte: http://www.5s.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

Notas azuis pedem organização no quarto e na agenda

Especialista diz que arrumar a bagunça é o primeiro passo para bom desempenho no colégio
Camila de Oliveira, do R7


Ambiente pode ajudar a melhorar ou a piorar as notas; organização e silêncio são essenciais na hora de estudar

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A primeira etapa para ter apenas notas azuis e um ótimo desempenho no colégio é organizar a bagunça. Separar um espaço arrumado e longe de estímulos, como televisão, rádio e computador, é essencial para poder entender o que se estuda.

A dica é da psicoterapeuta Celi Piernikarz, que lançará um livro - Quem Mexeu na Minha Bagunça? - sobre o tema, em breve.
Segundo Celi, os adolescentes devem ter em mente que é preciso estabelecer uma rotina de estudos e criar um ambiente que colabore para o sucesso das horas dedicadas aos livros.
Se o estudante não possui um quarto só seu, com escrivaninha e prateleiras para os cadernos, por exemplo, ele pode ocupar outros lugares da casa para estudar, desde que sejam silenciosos e organizados. A psicoterapeuta aponta a ajuda necessária dos pais para essa organização, caso o filho encontre dificuldade para consegui-la sozinho.
- Se o quarto dele [adolescente] é constantemente uma bagunça, com meias no chão, roupas emboladas sobre a cama por fazer, livros e papéis perdidos, por exemplo, é legal os pais olharem com atenção, e, em alguns casos, pedirem ajuda a terceiros.
Horário com o organizador
Depois de receber tantos adolescentes com o mesmo problema, Celi criou um programa de atendimento domiciliar que leva um profissional até a casa do estudante para arrumar seu quarto, e, assim, ajudá-lo a conseguir um melhor resultado no colégio.
O trabalho a curto prazo conta com acompanhamento terapêutico em consultório e supervisão sempre que o estudante achar necessário. Ao arrumar suas coisas, o adolescente melhora sua autoestima, o que gera bem estar e segurança.
A dificuldade em estabelecer a ordem no ambiente reflete também a falta de organização da agenda. Ao dividir o tempo com horários para fazer lição de casa, esportes, ouvir música e, o principal, usar o computador – o que mais toma tempo dos adolescentes, segundo a especialista - , “fica mais fácil visualizar falhas e bons resultados”.
- Às vezes, os pais chegam tão cansados em casa que não percebem no que os filhos gastam seu tempo. Por isso, ajudar na organização é fundamental.