Desorganização
e trabalho não combinam, e isso é fato. E convenhamos, processos criativos à
parte, uma mesa desorganizada não costuma causar boa impressão a quase ninguém.
Mas será que os gestores das companhias também compartilham dessa opinião?
De
acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria americana CareerBuilder, a
resposta é sim. Segundo o levantamento, 40% dos entrevistados afirmam ter uma
má impressão dos funcionários que mantêm a mesa coberta de papel e outros
itens.
Problema
à vista
E
tal análise não para por aí. Ao que parece, 25% dos entrevistados acreditam que
a bagunça seja ainda um forte indício de desorganização pessoal, muitas vezes
denunciando o perfil de um profissional.“Cerca de 16% dos entrevistados
associam as mesas ao seus usuários, considerando-os confusos”, informa o
estudo.
A
gravidade da situação é tamanha, que, segundo o levantamento, 28% dos chefes
seriam relutantes em promover um colaborador o qual considerassem ‘desordeiro’.
Casos e casos
Contudo,
na opinião do sócio-diretor e fundador da Muttare, consultoria de gestão,
Tatsumi Roberto Ebina, nem sempre é possível manter um parâmetro geral sobre
tal análise e é preciso observar, pois existem ‘casos e casos’.
Para
ele, a cobrança dependerá principalmente das atividades e da produtividade de
um colaborador. “Um profissional deve ser avaliado pela sua contribuição com a
empresa, e isso, independente da mesa dele estar organizada ou não. Às vezes,
ele produz bem dentro da desordem dele e não existem motivos para se preocupar
com isso”, diz Ebina.
O
mesmo não se aplica, no entanto, para os colaboradores relapsos e distraídos
com suas obrigações. “Nesses casos, o mais adequado é pedir uma organização
maior desse trabalhador para evitar que perca o foco de seus atividades e
melhore sua produtividade”, informa.
Promoção
e desempenho
Seguindo
tal raciocínio, diferentemente do que aponta a pesquisa, o ideal seria promover
apenas os candidatos que apresentassem um melhor desempenho e não
necessariamente uma organização impecável de sua mesa. “Achar que uma pessoa
que tem uma mesa desorganizada tem o cérebro desorganizado é rídiculo”,
considera Ebina.
Para
ele, se a situação realmente incomodar o gestor, o mais adequado é que ele
oriente o profissional sobre a cultura e os valores organizacionais da
companhia para ajustar os comportamentos que não estiverem dentro do esperado.
“É
claro que uma mesa bagunçada não causa uma boa impressão, especialmente se o
líder for uma pessoa extremamente organizada. Nesse caso, a impressão causada
será péssima. Por isso, é importante priorizar esse ajuste, para explicar como
tal postura afeta o negócio”, explica.
Dicas
Uma
boa dica para quem tem o hábito de acumular itens na mesa ou para quem tem
dificuldade de manter a ordem no local de trabalho é estabelecer prazos. A
recomendação é simples: “uma vez por mês ou a cada 15 dias a pessoa deve olhar
os objetos e papéis acumulados em sua estação de trabalho. Se eles estiverem
lá, intocados por três meses, devem ser descartados”, aconselha Ebina.
Outra
recomendação para evitar os acúmulos é se livrar da papelada. Para isso, o
ideal é que todos os documentos considerados importantes sejam escaneados e
armazenados no computador ou em outro dispositivo de dados. “Isso é realmente
importante, pois existem colecionadores que não descartam nada, nunca!”, diz.
Fonte:
Infomoney
David William –
Postado em http://noticiaweb.info/desordem-na-mesa/10/
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