Em
nossos trabalhos com jovens profissionais sobre a organização, um dos pontos
mais importantes é a organização do tempo. O brasileiro tem fama de não ser um
povo que se preocupa com horários, o tempo de grande parte das pessoas que
nascem aqui se desorganiza com muita facilidade. Mas, isso só acontece porque
criamos este estereótipo, convivemos e aceitamos como sendo normal.
Normal
não é. Não deveríamos aceitar. Não cumprir horários, passa a ideia de desleixo,
de falta de respeito com o outro. Não e uma boa imagem, principalmente no mundo
corporativo. Para os jovens profissional, que estão se preparando para o mercado
de trabalho ou que estão ingressando há pouco, fica a reflexão: é possível mudar
uma característica usual, desde que se tenha vontade para mudar.
Se a falta de
pontualidade se tornou um ato compulsivo, uma regra, é momento de pensar onde
deseja chegar e, para isso, esta característica deve ser levada em consideração.
Se pensa em crescer na instituição em que está, ou alcançar novos patamares em
sua carreira, é importante mudar este “hábito”. Para mudar, é preciso tomar
conta de seu tempo, gerenciar sua agenda, deixar espaços para imprevistos,
programar-se com antecedência etc. Existe caminho sim, basta você quer
trilha-lo.
O
texto abaixo, diz sobre a impontualidade do brasileiro. Vale a pena lê-lo
A sua
pontualidade diz muito sobre você. A sua impontualidade, mais ainda
Tenho
um amigo, francês, que aqui vou chamar de Pierre. Radicado no Brasil há uma
década, Pierre é reputado por seu senso de humor refinado, visão estratégica e
predileção por boas cervejas. Quase todas as vezes que marquei algo com Pierre,
fosse um almoço, café ou reuniões de trabalho, a pontualidade do brasileiro (ou
a falta de) esteve em pauta.
É
evidente que, nestes três anos de convívio, devo ter-me atrasado em umas duas
ou três ocasiões, afinal, vivo em São Paulo, e ainda que me locomova sem carro
por opção, tenho a cidade inteira contra mim quando quero chegar na hora a um
compromisso.
Nas
ocasiões em que anunciei uma eventual demora, Pierre não perdeu a oportunidade:
“Vai se atrasar, né? Como bom brasileiro...”, cutucou ele, rindo.
Sou
obrigado a condescender com o francês: a pontualidade por aqui,
definitivamente, não é levada a sério. Ainda duvida?
A
aula na faculdade começa às 8h? Não corra, a tolerância é de 10 minutos! O
escritório abre às 9h, mas ninguém decretará falência se o colaborador chegar
às 9h30 (umas duas vezes por semana). O convite da festa infantil marca 15h?
Apareça umas 16h que talvez o aniversariante já esteja pronto. Jantar em casa
de amigos às 20h? Ninguém te deixará morrer de fome se você se atrasar 20
minutinhos. Em casamentos, inovação: padrinhos agora chegam após a noiva.
Compromissos
corporativos não escapam à regra: reuniões, cafés-da-manhã, kick-offs e
fechamentos, entre outros, estão sempre, ou quase, sujeitos a delay.
Isso
sem falar dos atrasos dos ônibus, trens, metrôs, aviões, serviços médicos, entrega
de mercadorias, de obras...
A
impontualidade no Brasil é cultural. Está impregnada em todas as áreas, em
todos os níveis.
Pensando
alto aqui, me questiono até onde essa falta de compromisso com os compromissos
nos leva e nos levará? Os pequenos atrasos do dia-a-dia são exclusivamente
pequenos atrasos ou o início de uma grande onda de lama tóxica que arrebata
tudo e todos por onde passa? Para ponderar.
A
pontualidade está sempre entre as características mais marcantes das pessoas
bem-sucedidas
Convém
lembrar que pontualidade não é favor. Controlar o próprio tempo é uma
responsabilidade, entre tantas que permeiam nosso dia. Com a diferença que
esta, quase sempre, envolve terceiros. Ser pontual, sendo assim, demonstra
respeito para com o outro.
Numa
rotina caótica como a nossa, com dezenas de microcompromissos diários e
centenas de e-mails para ler na semana, quem controla seus horários com rigor e
consegue estar na hora marcada em locais previamente estabelecidos agrega valor
a sua imagem, lustra o seu nome e a sua marca.
A
impontualidade gera desconforto, mancha reputações e, no longo prazo, pode
estragar uma carreira.
O
atraso compulsivo como regra, por sua vez, demonstra exatamente o contrário: a
imagem de uma pessoa muitas vezes atrapalhada, que tem dificuldades em cumprir
o que promete, refém até dos pequenos obstáculos. No campo profissional, quem
se mostra incapaz de gerenciar o próprio tempo, em certos casos, perde até a
oportunidade de gerir equipes e projetos maiores.
Chega
a ser notável a criatividade daqueles que arrumam tantas desculpas por não
comunicar atrasos num mundo interconectado por WhatsApp, FaceTime, Skype, Facebook,
SMS e o velho telefone.
Criar
um networking consistente, que impulsiona carreiras e negócios, passa primeiro
por confiança e credibilidade. E estas não se compram. Se conquistam com
comprometimento, excelência e respeito.
Mark
Tawil
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